escrevo porque escuro
então clareio
escrevo porque não sei
então nomeio
escrevo porque oculto
na pele da noite
então escavo coço caço
palavra poema imagem
escrevo porque me instigas
com suas leituras
novas torturas do expressar
escrevo porque me cura
a palavra e sua lavra e procura
escrevo porque me inventa
a invenção que teço
e me aconteço
autor do meu dizer disperso
sombra sufocada em cada verso
escrevo enfim porque tô a fim
de surpreender nas possíveis leituras
por que essa libertação
me fazer mais escravo do escrever
com a fúria do me escavar
verkas mi pro tiu mallum’
do mi lumas
verkas mi pro nesci’
do mi nomumas
verkas mi kaŝite
sub noktohaŭt’
do mi prifosas jukas ĉasas
vorton poemon imagon
verkas mi ĉar min instigas
per via legado
al freŝa esprimtorturo
verkas mi ĉar min kuracas
la verkoserĉa kulturado
verkas mi ĉar inventas min
mia teksa inventado
kaj jenas mi
aŭtoro de mia disa eldiro:
ombro sufokata ĉiuverse
verkas mi finfine pro la volo
surprizigi dum eblaj legadoj
la kialon de ĉi liberigo
plie min sklavigi
verki verki verki senfine
per furioza memkavado
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