sexta-feira, 27 de dezembro de 2024

SEM TÍTULO - SEN TITOLO

 


Sei que poesia alguma é perfeita

nem faz da perfeição destino

ausência de liberdade é desatino

algumas é o que são

o doente no meu existir

faz beicinho, e meu ser

só ri na sanidade de alma

e com calma se pergunta

minha poesia o que fala

o que falta em felicidade?

arrisco falta de estímulo?

só falta o que lhe sobra

todas vêm com título

e avisam sem calma

quem adora medalhas e títulos

é o humano não a obra

não a poesia menos ainda

o que me sóbria – a alma!

Na poesia adormeço

no poema, sempre alerta!

poesia é só o começo

no fim a alma desperta

até o poema ataúde

serve à alma plenitude!


Sciite poezi’ nenia perfektas

aŭ igas perfekton destino

foresto de libereco, frenezaĵo

kelkaj estas tio

nur ridas laŭ saneco anima

sin demande kun trankvilo

mia poezio kion diras,

kio mankas en feliĉo?

mi riskas ĉu stimulo?

nur mankas kio restas

ĉiuj venas kun titolo

kaj avizas sen trankvilo

kiu adoras medalojn titolojn

jen humano ne la verko

malpli do la poezio

ĉe mi ja ĝi sobra -- animo!

En poezio mi dormas

en poem', ĉiam pretas!

poezio nur komenco

fine vekiĝas animo

eĉ poemo-ĉerko

iĝas anim' ĉefverko!


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